quarta-feira, 4 de março de 2009

Hidrovias são oportunidades de crescimento que desenham o futuro gaúcho, diz Yeda


Ao receber uma comitiva holandesa composta pelo ministro dos Transportes, Obras Públicas e Manejo da Água, Camiel Eurlings e por cerca de 50 empresários, nesta terça-feira (3), no Palácio Piratini, a governadora Yeda Crusius afirmou que a construção de um plano mestre para as hidrovias gaúchas vai tornar menos poluente, mais barata e segura a matriz gaúcha de transporte. "As hidrovias são oportunidades de crescimento que desenham o futuro do Rio Grande do Sul. Queremos um padrão de desenvolvimento com menos custos", disse.



A vinda da missão holandesa ao Estado deu continuidade ao acordo de cooperação técnica realizado entre o governo do Estado e a Holanda, no ano passado, para o desenvolvimento do setor hidroportuário do Rio Grande do Sul. De acordo com a governadora, o próximo passo do acordo se dará quando todos os documentos estiverem prontos para a contratação do plano mestre às hidrovias. "Só falta assinar o contrato para apresentar a toda a sociedade a proposta de um plano que vai se desdobrar em investimentos regionais e setoriais", frisou.



Em sua visita ao Estado, o ministro Camiel Eurlings salientou o potencial de expansão do setor hidroviário gaúcho. "É necessário migrar para uma outra alternativa de crescimento, e o uso das hidrovias demonstra segurança de que o Rio Grande do Sul poderá, até 2017, chegar a ter 15% da matriz de transporte por esse modal, que é mais limpo, eficiente, barato e seguro", afirmou. Eurlings enfatizou ainda que as empresas representadas na missão oficial atestaram a enorme quantidade de negócios que podem ser gerados nas hidrovias a partir da vontade política dos governos gaúcho e holandês.


Para o ministro, o transporte fluvial é condição básica para que o Estado possa crescer em volume de cargas. Citou o exemplo holandês, que hoje transporta 35% do volume pelas hidrovias, com meta de atingir 45%. "Se não houvesse esse sistema, a Holanda estaria completamente parada e congestionada, sem nenhuma possibilidade de fazer o fluxo de transporte acontecer de forma consistente", exemplificou. De acordo com o ministro, o Rio Grande do Sul está dando a largada de uma posição inicial muito mais favorável que a de seu país, por possuir maior hidrovia e espaço para crescimento.



Conforme o secretário de Infraestrutura e Logística, Daniel Andrade, com o acordo de cooperação técnica, o Rio Grande do Sul vai recuperar o transporte de cargas por hidrovia. "A meta é aumentar a utilização do transporte fluvial para evitar um colapso rodoviário, sobretudo no trecho Sul da BR-116 e na BR-392, entre Pelotas e Rio Grande", afirmou. "A Holanda tem muito a nos ajudar, pois é a porta de entrada da Europa e tem 450 anos de experiência em navegação interior".

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