quinta-feira, 19 de março de 2009

Muita atenção ao nível das águas


Conhecemos na viagem a Holanda, o Maeslant Kering, em Hook van Holland, próxima a Roterdã. Um dique móvel que os holandeses consideram sua maior obra de engenharia contemporânea. É único no mundo.

São duas estruturas imensas, dois braços de 350 metros de comprimento ao todo, dispostos frontalmente, nas margens do rio Reno. A função é criar uma barreira artificial para conter o avanço das águas do mar do Norte, caso subam a mais de três metros de sua normalidade.

Isto seria suficiente para inundar mais da metade do território do país, já que 33% estão a menos de um metro do nível do mar. Há regiões, inclusive, abaixo dele. É necessário monitorar de perto o mar do Norte.


Foram investidos 10 anos de estudos para a concepção do Maeslant Kering e outros seis anos para sua construção, num investimento de 505 milhões de euros. Desde sua conclusão, em 1996, nunca houve necessidade de usá-lo, embora simulações sejam feitas uma vez por ano. Os holandeses não se cansam de lembrar da devastadora inundação de 1953, quando um terço do país foi destruído.
Acesse o link do vídeo que mostra o funcionamento do dique móvel.


quarta-feira, 18 de março de 2009

Elogios à economia holandesa

No ranking da União Europeia de países que cumprem as chamadas Metas de Lisboa, a Holanda pulou do sexto para o terceiro lugar, logo abaixo da Polônia e da líder, a Finlândia, segundo relatou a agência especializada em economia, Bloomberg, no início desta semana.
A lista de Lisboa é baseada em indicadores tais como crescimento econômico e de produtividade, emprego, investimento e finanças públicas. No ano 2000, os membros da UE concordaram em tentar ser a economia do conhecimento mais competitiva do mundo até 2010.
A Holanda também é a terceira em outra lista, do FMI, diz o jornal holandês De Pers. Numa interpretação positiva, os holandeses estão listados como o terceiro país em generosidade, tendo providenciado garantias governamentais para empréstimos de banco e depósitos que somam 33% do PIB, ou 200 bilhões de euros. A Irlanda e a Suécia são os números um e dois. Numa interpretação negativa desses números o ministro de finanças da Holanda, Wouter Bos, está tomando relativamente, bastantes riscos, diz o diário holandês De Pers.
Acesse o link e ouça a reportagem da Rádio Nederland (RNW )
http://download.omroep.nl/rnw/smac/cms/economia_holanda_20090312_44_1kHz.mp3

Revisão dos diques

A comissão designada para avaliar a segurança das proteções recomendou um upgrade em grande escala dos diques de proteção, a partir do Mar do Norte.
Além disso, propôs a expansão do litoral do Mar do Norte por um quilômetro, pela deposição de grandes quantidades de areia - um projeto para o qual seriam necesários mais 100 a 300 milhões de euros.

Em razão da previsão da elevação do nível do mar entre 0,65 e 1,3 metros até 2.100 e de até quatro metros até 2.200, a comissão disse que as chances de alagamento são multiplicadas 100 vezes para cada 1,3 metro de elevação do nível do mar.

Holanda se prepara para a elevação do nível do mar


A Holanda deve gastar mais de 100 bilhões de euros (R$ 248 bilhões) para preparar diques e proteções costeiras contra a elevação do nível do mar, em razão do aquecimento global.O país, quase dois terços do qual se situa abaixo do nível do mar, deve gastar até 1,5 bilhões de euros (R$ 3,71 bilhões) por ano, ao longo do próximo século, para preparar medidas adicionais de segurança de diques e proteções.

O primeiro-ministro, Jan Peter Balkenende, recentemente declarou que: “O desafio de segurança é urgente: o clima está mudando, o nível do mar está subindo e, por agora, um quarto de diques e barragens, não cumprem as atuais normas de segurança”.
Ele disse que “um montante suplementar entre um e 1,5 bilhões de euros por ano é necessário até 2100.” O valor representa cerca de 0,3% PIB.

Os sanitários dos banheiros na Holanda

Nos banheiros masculinos, é possível notar um
pontinho preto no fundo. Uma melhor observação permite perceber tratar-se de uma mosca. A primeira impressão é de que o inseto é real, sendo tentador mirar nele o jato de urina para, só então, ver que a mosca é pintada. Isto mesmo!

Acreditem. Os vasos sanitários na Holanda vêm com uma mosca pintada no fundo! A razão é simples: induzindo as pessoas a urinarem naquele ponto, as chances de respingar fora do vaso tornam-se menores, preservando a higiene e

economizando água no momento da limpeza.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Holanda rejeita o protecionismo, diz primeiro-ministro

Reportagem de Francisco Goés, do Jornal Valor Econômico
Em meio à crise econômica mundial que empurrou a Europa para a recessão, uma comitiva formada pelos presidentes das 12 maiores empresas holandesas esteve no Brasil nesta semana em busca de oportunidades de negócios e cooperação.


A missão foi chefiada pelo primeiro-ministro da Holanda, Jan Peter Balkenende, que manteve um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois conversaram sobre a crise com vistas à reunião de cúpula do G-20 financeiro, em abril, em Londres.


Em entrevista ao Valor por e-mail, Balkenende criticou a adoção de medidas protecionistas que prejudicam o livre comércio e defendeu a conclusão das negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC). "A Holanda exortará a comunidade internacional a pronunciar-se enfaticamente sobre essa questão na reunião do G-20", disse Balkenende.


Político jovem (52 anos), Balkenende tem larga experiência administrativa. Está em seu quarto governo como primeiro-ministro. Antes do Carnaval, quando o Valor visitou a Holanda, o governo de Balkenende divulgou novas previsões sobre a economia para 2009.


Este pequeno país mercante, com população de 16,6 milhões de habitantes, não fora tão afetado quando a crise começou. Mas teve de rever para pior as projeções macroeconômicas para este ano, quando o PIB deve cair 3,5% em relação a 2008. "Estou preocupado com as dificuldades que estamos enfrentando, mas não estou de maneira alguma desencorajado." A seguir, a íntegra da entrevista.

Valor: Em 1998, Brasil e Holanda assinaram um acordo de Promoção e Proteção de Investimentos, que ainda não foi ratificado pelo Congresso brasileiro. Esse ainda é um tema de interesse da Holanda na relação bilateral com o Brasil?


Balkenende: Sim, a Holanda continua interessada nesse acordo com o Brasil e já o ratificou. O Brasil decidiu, em 2002, suspender a ratificação de acordos dessa natureza com outros países. Nós esperamos, no entanto, que o Brasil decida reconsiderar essa decisão em algum momento, porque um acordo desse tipo seria bom para investimentos em nossos países.

Valor: Segundo dados do Banco Central brasileiro, a Holanda é um dos maiores investidores estrangeiros no Brasil. Essa situação deve manter-se com a atual crise?


Balkenende: Por anos, o Brasil tem sido o destino primário na América Latina para as nossas exportações e a Holanda é o maior importador de produtos brasileiros na Europa. A Holanda foi também o primeiro investidor estrangeiro no Brasil em 2007. Por isso nossos países têm conexões financeiras e econômicas muito próximas e eu não vejo mudanças no futuro próximo. Existem oportunidades de investimento em muitos setores no Brasil, especialmente em energia, portos e logística.


Valor: O Brasil tem se esforçado em criar um mercado mundial para os biocombustíveis. O etanol pode ser uma alternativa ao petróleo tanto para países em desenvolvimento quanto para os desenvolvidos no futuro próximo?

Balkenende: O etanol pode ser um importante componente de nosso futuro sustentável. A União Europeia decidiu que em 2020 pelo menos 10% do combustível consumido pela indústria de transporte europeia deve vir de fontes renováveis e os biocombustíveis suprirão a maior parte dessa demanda. Esse desenvolvimento é de grande interesse para a Holanda e o Brasil. Roterdã já é o principal distribuidor e o maior porto de biocombustíveis, ou "bioporto", na Europa. Somente os biocombustíveis produzidos por métodos sustentáveis serão considerados válidos no cumprimento da meta europeia. Por isso é de interesse do Brasil assegurar que os biocombustíveis importados pela União Europeia sigam os critérios de sustentabilidade agora em vigor. A Holanda está profundamente interessada em ajudar a tornar a produção ainda mais sustentável. Temos discutido esse assunto desde a visita oficial do presidente Lula à Holanda e estamos tentando encontrar soluções práticas.


Valor: O comércio bilateral Brasil-Holanda é crescente e alcançou quase US$ 12 bilhões em 2008. O saldo comercial também tem crescido muito a favor do Brasil. O déficit preocupa? É possível buscar um comércio mais equilibrado?

Balkenende: A Holanda não tenta equilibrar o comércio com países individualmente. A balança comercial (holandesa) mostra, no total, um saudável superávit e isso é o mais importante. O fato de que o Brasil exporta muito para a Holanda prova nossa força como um centro de distribuição na Europa, porque grande parte dessas exportações toma seu caminho para outros países no continente.


Valor: A Holanda tem uma longa tradição em comércio internacional. Como a crise econômica afetou as exportações e quais são as expectativas para as exportações e as importações em 2009?

Balkenende: O comércio global é e continuará a ser vital para nossa aberta economia. Uma queda dramática no volume global de comércio afetará fortemente nossas exportações. Em 2009, prevemos decréscimo de quase 12% nas exportações e um declínio de mais de 9% nas importações. Isso certamente terá um importante impacto na economia holandesa.


Valor: Quais são as previsões para os principais indicadores econômicos na Holanda em 2009? Que impactos a crise econômica tem sobre o país em termos de PIB, produção industrial e desemprego?

Balkenende: A economia holandesa estava em boa forma quando a crise começou: baixo desemprego, aumento do poder de compra e vários anos de superávit no orçamento. Mas como outros países, a Holanda enfrenta agora tempos difíceis. As mais recentes estimativas preveem queda de 3,5% no PIB para 2009, sobretudo devido à queda das exportações, de quase 12%, e dos investimentos, acima de 11%. Menores gastos deverão reduzir a produção em 5,5% em 2009 e em 0,75% em 2010, resultando em aumento do desemprego para 5,5% em 2009 e 8,75% em 2010. Neste momento, nenhuma melhoria real é prevista para 2010. Estou preocupado com as dificuldades que estamos enfrentando, mas não estou de maneira alguma desencorajado. No passado, meu país sempre conseguiu emergir forte e vigoroso das crises devido aos esforços conjuntos de empregadores, governo e sindicatos. Eu tenho muita confiança que a "Laranja Mecânica" fará o que for preciso ser feito nesta época também.


Valor: A crise trouxe com ela novas ameaças de protecionismo. Qual é a posição da Holanda sobre esse tema em fóruns como a Organização Mundial do Comércio?

Balkenende: A Holanda sempre foi uma fervorosa defensora do livre comércio. Na atual situação, uma recuperação econômica duradoura depende da recuperação do comércio mundial, não somente para nações comerciais como a Holanda, mas para outros países também. Eu me oponho fortemente a adotar medidas protecionistas neste momento. Se cada um se voltar para dentro, todos vamos perder no final. Por isso é vital, agora, levar finalmente as negociações da OMC a uma conclusão bem-sucedida. Esse é um tema que o presidente Lula e eu vamos discutir amplamente e sobre o qual, estou seguro, concordamos. A Holanda exortará a comunidade internacional a pronunciar-se enfaticamente sobre essa questão na reunião de cúpula do G-20.

Valor: O senhor está preocupado com o retorno do nacionalismo econômico? Acredita que essa é uma séria ameaça à economia mundial?


Balkenende: Evidentemente, líderes governamentais estão sob tremenda pressão para que protejam seus interesses nacionais. A perda de postos de trabalho é uma questão muito grave em todos os países. Mas a maneira de resolver esse problema é via mais comércio internacional, não menos. Sou um otimista por natureza e acredito que esta crise pode criar oportunidades para os que trabalharem em conjunto internacionalmente. Isso não é um idealismo ingênuo: basta olhar como os países da Europa trabalharam juntos nas questões de garantias de crédito e injeções de capital para evitar falências bancárias e rapidamente acordaram que a supervisão do setor financeiro precisa ser melhorada. Acredito ser absolutamente essencial, para nós, mantermos essa abordagem coordenada na Europa e em todo o mundo. As negociações em curso no contexto do G-20 têm reforçado minha convicção de que isso é possível. Temos uma obrigação para com as futuras gerações. Não podemos nos permitir sacrificar objetivos internacionais importantes como as Metas de Desenvolvimento do Milênio (das Nações Unidas), uma regulação financeira efetiva e a luta contra o aquecimento global em função de grosseiro protecionismo.

Valor: A Grã-Bretanha, França e outros países apoiam a integração do Brasil ao Fórum de Estabilidade Financeira (FEF), grupo das principais autoridades financeiras que avalia risco de bancos e mercados. A Holanda também apoia essa iniciativa e por quê?


Balkenende: A Holanda apoia o acesso do Brasil ao FEF. O Brasil é um importante mercado emergente e sua importância econômico e financeira mundial vem crescendo. Além disso, a América Latina não tem atualmente representação no FEF.

Valor: E o que dizer sobre uma melhor divisão do poder no Fundo Monetário Internacional (FMI) para os países emergentes? A Holanda está pronta a aceitar a redução de sua influência no FMI e em outras organizações financeiras?


Balkenende: No G-20 a Holanda pressiona por uma expansão no papel do FMI no sentido de salvaguardar a estabilidade financeira global. Em nossa opinião, o FMI é a instituição mais bem posicionada para arcar com essa responsabilidade. Seria proveitoso que os programas de avaliação do setor financeiro (FSAP) fossem obrigatórios. Nós também precisamos conceber maneiras mais eficazes para melhorar o cumprimento das recomendações do FMI. Nesse contexto, estou convencido de que aumentar a representação de países emergentes no FMI não produzirá, necessariamente, desvantagem para outros países. Todos seriam beneficiados.

Valor: Há economistas que acreditam que investir em infraestrutura é uma forma de sair da crise. Qual é a sua opinião?


Balkenende: Precisamos assegurar que as medidas que tomarmos em resposta à crise serão positivas a curto prazo, mas também nos tornarão estruturalmente mais fortes a longo prazo. Do contrário, estaremos jogando dinheiro em um poço sem fundo e repassando os custos às gerações futuras. Devemos nos comprometer em perseguir sustentabilidade e a inovações. E realizar investimentos focados nas necessidades de manutenção do motor da economia. Investimentos em infraestrutura podem ser muito úteis a esse respeito. Na Holanda, autoridades locais estão acelerando projetos envolvendo escolas e estradas. Investimentos como esses criam emprego hoje e melhoram a educação e a mobilidade futuras.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Um terminal fantasma em Roterdã

Tivemos várias surpresas interessantes ao visitar o porto. Uma delas foi uma visita a um terminal conhecido como Ghost Terminal, ou Terminal Fantasma. Ele é assim chamado porque não há motoristas dirigindo caminhões nem operadores manobrando empilhadeiras -- tudo é informatizado e controlado por uma torre.

Depois de percorrer outras instalações, percebe-se que Roterdã é mais do que um complexo portuário. É quase uma cidade (um lugar bem planejado e organizado) que, entre outras atividades, faz transporte de cargas. Assista o vídeo abaixo.

Hidrovias são oportunidades de crescimento que desenham o futuro gaúcho, diz Yeda


Ao receber uma comitiva holandesa composta pelo ministro dos Transportes, Obras Públicas e Manejo da Água, Camiel Eurlings e por cerca de 50 empresários, nesta terça-feira (3), no Palácio Piratini, a governadora Yeda Crusius afirmou que a construção de um plano mestre para as hidrovias gaúchas vai tornar menos poluente, mais barata e segura a matriz gaúcha de transporte. "As hidrovias são oportunidades de crescimento que desenham o futuro do Rio Grande do Sul. Queremos um padrão de desenvolvimento com menos custos", disse.



A vinda da missão holandesa ao Estado deu continuidade ao acordo de cooperação técnica realizado entre o governo do Estado e a Holanda, no ano passado, para o desenvolvimento do setor hidroportuário do Rio Grande do Sul. De acordo com a governadora, o próximo passo do acordo se dará quando todos os documentos estiverem prontos para a contratação do plano mestre às hidrovias. "Só falta assinar o contrato para apresentar a toda a sociedade a proposta de um plano que vai se desdobrar em investimentos regionais e setoriais", frisou.



Em sua visita ao Estado, o ministro Camiel Eurlings salientou o potencial de expansão do setor hidroviário gaúcho. "É necessário migrar para uma outra alternativa de crescimento, e o uso das hidrovias demonstra segurança de que o Rio Grande do Sul poderá, até 2017, chegar a ter 15% da matriz de transporte por esse modal, que é mais limpo, eficiente, barato e seguro", afirmou. Eurlings enfatizou ainda que as empresas representadas na missão oficial atestaram a enorme quantidade de negócios que podem ser gerados nas hidrovias a partir da vontade política dos governos gaúcho e holandês.


Para o ministro, o transporte fluvial é condição básica para que o Estado possa crescer em volume de cargas. Citou o exemplo holandês, que hoje transporta 35% do volume pelas hidrovias, com meta de atingir 45%. "Se não houvesse esse sistema, a Holanda estaria completamente parada e congestionada, sem nenhuma possibilidade de fazer o fluxo de transporte acontecer de forma consistente", exemplificou. De acordo com o ministro, o Rio Grande do Sul está dando a largada de uma posição inicial muito mais favorável que a de seu país, por possuir maior hidrovia e espaço para crescimento.



Conforme o secretário de Infraestrutura e Logística, Daniel Andrade, com o acordo de cooperação técnica, o Rio Grande do Sul vai recuperar o transporte de cargas por hidrovia. "A meta é aumentar a utilização do transporte fluvial para evitar um colapso rodoviário, sobretudo no trecho Sul da BR-116 e na BR-392, entre Pelotas e Rio Grande", afirmou. "A Holanda tem muito a nos ajudar, pois é a porta de entrada da Europa e tem 450 anos de experiência em navegação interior".

Ministro da Holanda destaca potencial hidroportuário do Rio Grande do Sul

O ministro dos Transportes, Obras Públicas e Manejo da Água da Holanda, Camiel Eurlings, acompanhado de cerca de 50 investidores daquele país, iniciou, nesta terça-feira (3), missão governamental e empresarial no Rio Grande do Sul.

Durante visita ao Porto de Rio Grande, o ministro destacou a grande potencialidade de crescimento do porto em razão das áreas livres existentes ao redor. Eurlins sobrevoou o local e esteve acompanhado dos secretários de Infraestrutura e Logística, Daniel Andrade, e Geral de Governo, Erik Camarano.No final do dia o ministro foi recebido pela governadora Yeda Crusius.

Assista a reportagem
http://mmidia4.procergs.com.br/tvpiratini/MissaoHolandesaRS.wmv

terça-feira, 3 de março de 2009

RS e Holanda tratam de cooperação ao setor hidroportuário

O ministro dos Transportes, Obras Públicas e Manejo da Água da Holanda, Camiel Eurlings, acompanhado de cerca de 50 investidores daquele país, iniciou, nesta terça-feira (3), missão governamental e empresarial no Rio Grande do Sul. A comitiva, que busca a prospecção de negócios no Estado, foi recepcionada pelos secretários de Infraestrutura e Logística, Daniel Andrade, e Geral de Governo, Erik Camarano.

Entre outras ações, a vinda da missão dá continuidade ao acordo de cooperação técnica realizado entre o governo do Estado e a Holanda, no ano passado, para o desenvolvimento do setor hidroportuário do Rio Grande do Sul. A programação desta terça-feira começou com uma visita ao Porto de Rio Grande, com passagem da comitiva pelo Terminal de Contêineres (Tecon) e pelo dique seco, em fase de ampliação pela empresa WTorre.

À noite, o grupo será recebido pela governadora Yeda Crusius no Palácio Piratini. Em agosto de 2008, uma delegação gaúcha liderada pela governadora foi à Holanda para conhecer o sistema hidroportuário holandês, considerado um dos mais avançados do mundo, e buscar cooperação para melhor aproveitamento do potencial hidroviário do Rio Grande do Sul, composto por aproximadamente 900 quilômetros de vias fluviais prontas para navegação. Na visita, a governadora assinou, com o ministro Eurlings, uma Carta de Intenções estabelecendo os termos da cooperação bilateral entre o governo do Estado do Rio Grande do Sul e o governo holandês.

Como resultado dessa visita, os consultores holandeses Wim Ruijgh e Harrie de Leijer fizeram duas missões técnicas ao Estado, em setembro e dezembro de 2008, para detalhar o diagnóstico e as proposições para o desenvolvimento do setor hidroviário. A retomada do transporte fluvial de cargas possibilita redução de custos e mais segurança, em razão do desafogamento das estradas.




Holandeses prospectam negócios no RS

Reportagem publicada no Jornal Zero Hora/RBS de hoje (03/03/2009)
Um grupo de 50 empresários holandeses estará hoje no Estado para prospectar negócios nas áreas de logística e transporte. Participa da missão o ministro de Transportes, Obras Públicas e Manejo da Água do país, Camiel Eurlings.– Uma missão desse porte indica que foi feita uma avaliação positiva do Estado e do nosso potencial de geração de negócios – afirma Erik Camarano, secretário-geral de Governo.Na manhã de hoje, a missão será dividida em dois grupos.
O ministro Eurlings segue com um grupo de empresários para Rio Grande. Na cidade, visitarão o Terminal de Contêineres (Tecon) e as obras do dique seco construídos pela WTorre. Os empresários holandeses querem conhecer a potencialidade do empreendimento para a indústria naval.Enquanto o ministro conhece Rio Grande, haverá um seminário na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) sobre a potencialidade dos setores de logística e transporte. Serão realizadas palestras e rodadas de negócios com quatro empresas holandesas do segmento de desenvolvimento portuário.
Com a visita dos holandeses, o Estado também conhecerá mais detalhes do diagnóstico realizado por técnicos apontando melhorias que precisam ser feitas no sistema hidroportuário gaúcho para torná-lo competitivo e atrair mais usuários.Para dar prosseguimento ao estudo, o governo do Estado está em fase de contratação de consultoria conduzida pelas agências Amports (do porto de Amsterdã) e Nea. Carta de intenções para a consultoria foi assinada pela governadora Yeda Crusius em Amsterdã, em agosto passado.– Há potencial para a navegação interior – diz o secretário de Infraestrutura e Logística, Daniel Andrade. – Mas temos 50 anos de abandono no sistema hidroviário.
O plano diretor, como define Andrade, deverá apresentar melhorias que devem ser feitas. Inicialmente, não deve haver grandes desembolsos, já que os holandeses entendem que se deve trabalhar com as condições – naturais e de infraestrutura – disponíveis.Uma das primeiras medidas seria a formação de uma força-tarefa, algo como uma mesa redonda, para reunir fabricantes, embarcadores, operadores de portos e usuários do sistema, com o governo como mediador.
Nesse encontro cada um apontaria suas necessidades e o que esperam de um sistema hidroviário.– Mudanças profundas precisam ser feitas de maneira sincronizada – afirma o secretário.Eclusas e calados mais profundos não foram considerados prioritários.

O exemplo da Holanda, por Yeda Crusius,Governadora RS

Hoje, estamos recebendo importante missão formada por dezenas de empresários holandeses, comandada pelo ministro de Transportes, Obras Públicas e Manejo da Água, Camiel Eurlings. Sua pasta responde por mais de 50% do PIB holandês, com especial destaque para o desenvolvimento portuário e suas moderníssimas tecnologias.

Vêm a convite e atraídos pelas potencialidades do Estado e por nossa disposição de formar parcerias público-privadas para promover uma reversão em nossos fluxos de carga, aumentando para 15% o uso da malha hidroviária até 2017. O Rio Grande clama por essa modernização, através da qual poderemos gerar grandes benefícios para o desenvolvimento estadual.

O exemplo da Holanda motiva o mundo para o aproveitamento das águas em todo o seu potencial.Há quatro décadas, o Rio Grande do Sul interrompeu o aproveitamento de suas águas superficiais interiores. Nosso governo foi buscar, no exemplo e na experiência holandesa, conhecimento, tecnologia e inspiração para o desenvolvimento hidroportuário do Estado e o melhor uso múltiplo das águas.

Nossos contatos iniciaram-se em agosto de 2007, e duas missões gaúchas foram à Holanda. Em agosto de 2008, assinei com o ministro, na Holanda, o termo de cooperação que já está produzindo seus resultados, com os trabalhos de técnicos holandeses que fizeram um diagnóstico sobre o potencial do transporte hidroviário no Estado.

Na primeira metade do século passado, num período de 20 anos, foram construídas quatro barragens de navegação, dotadas de eclusas, para estender a navegabilidade dos rios Jacuí e Taquari. Temos as barragens de Fandango, Anel de Dom Marco, Amarópolis e Bom Retiro do Sul e o entroncamento multimodal de Estrela.Gradualmente, porém, as hidrovias perderam espaço para o transporte rodoviário e hoje respondem por apenas 3,5% do volume transportado.

Essa relação, que concentra nas estradas 85% dos 90 milhões de toneladas que circulam no Estado, impede-nos de obter ganhos de competitividade proporcionados pela natureza. O transporte hidroviário custa menos da metade do transporte rodoviário!Nosso sistema de hidrovias naturais – a segunda maior bacia hidrográfica do país – é um patrimônio invejável, com grande penetração no território estadual e em suas regiões de produção.

Agora é a hora de desenvolver, de modo sustentável, todo o potencial que esse patrimônio fluvial nos traz. Damos as boas-vindas à missão holandesa a nosso Estado, para concretizarmos o plano que tornará esse avanço possível.


segunda-feira, 2 de março de 2009

Estradas impecáveis

A caminho do porto de Roterdã, descubro que para que o barulho dos carros não incomode, em alguns pontos da autoestrada,há, junto aos guard rails, placas plásticas com cerca de cinco metros de altura, que formam uma espécie de muro. A redução do ruído chega a 80%, permitindo um sono tranqüilo até para quem mora próximo a uma rodovia. Fico imaginando essas placas em nossas rodovias, quanto tempo durariam.

Acesse o vídeo de uma autoestrada a caminho de Roterdã.

Ministro holandês visita Dique Seco em Rio Grande


O Ministro dos Transportes, Obras Públicas e Manejo da Água da Holanda, Camiel Eurlings, acompanhado de uma comitiva de empresários holandeses e políticos, visitará amanhã, dia 3 de março, as instalações do Estaleiro Rio Grande, onde está sendo construído pela WTorre, um Dique Seco de grande porte que permitirá ao Brasil construir e reparar plataformas de exploração de petróleo.

No encontro, também estarão presentes membros da HME (Holland Marine Equipment), associação empresarial na área de construção naval e offshore com mais de 235 empresas associadas e faturamento conjunto de 3 bilhões de Euros.

O QUE O RS PODE APRENDER COM OS HOLANDESES? Wilen Manteli,Diretor Pres. da Associação Brasileira dos Terminais Portuários

Os holandeses, ao contrário de nós, têm grandes desafios provenientes da natureza, notadamente pela escassez de terras, os fortes ventos e muita água que deve ser controlada para evitar enchentes. Mas, sabiamente, com uso de inteligência, técnica e muito labor, eles transformaram essas contrariedades em potencialidades a seu favor. Produzem energia com a força dos ventos, constroem diques, canais e excelentes portos e assim conseguem um extraordinário desenvolvimento econômico e social.


O segredo disso? Integração, sinergia e prática de governança corporativa, através da qual todos – governo, políticos, empresários e trabalhadores – se mobilizam para empreender as mudanças necessárias e atuam, sempre, com foco no interesse nacional. Pensam e atuam sempre olhando para o futuro e suas tendências, buscando as melhores alternativas de desenvolvimento para a sua sociedade. Lá todos têm consciência de que são, no conjunto, responsáveis pelos resultados finais em qualquer atividade, seja pública ou privada.


Quanto aos portos, a regra é simples: o governo responde pela infra-estrutura, ou seja, os cais de acostagem e a dragagem dos canais, a qual é realizada por empresas de forma constante e permanente. Já a superestrutura é entregue, integralmente, às empresas privadas responsáveis pelos terminais, que atuam com plena liberdade. A atividade é desregulamentada.


A gestão portuária é exercida pela Port Authority (similar ao nosso Conselho de Autoridade Portuária) e por uma diretoria executiva, com ampla autonomia, com cinco membros em cada entidade, sendo na maioria empresários, mantidos pelo mérito e sem nenhuma interferência do governo ou de políticos. Há, assim, continuidade administrativa, sem as perniciosas falhas seqüenciais que sempre ocorrem nas mudanças de governo e flutuações políticas.


Quanto aos trabalhadores, a Holanda dispõe de uma empresa, a STC B.V, que tem como missão formar e treinar trabalhadores para todas as atividades ligadas aos portos e à logística de transporte. Mais importante, a STC, em associação com o governo, possibilita aos jovens ainda no ensino fundamental agregarem matérias integrantes das profissões ligadas à logística que queiram seguir no futuro.

A simplicidade dos procedimentos, a desregulamentação, a profissionalização, o treinamento permanente, a liberdade de investir e empreender, o uso intensivo de tecnologia e a integração de empresários e trabalhadores possibilitam aos seus terminais obterem grande produtividade.


Como exemplo pode-se citar que um dos seus terminais (o Waterland Terminal BV), movimenta 1,2 milhão de t/ano com apenas 35 trabalhadores.
Com efeito, para transformar as nossas hidrovias e portos em efetivos fatores de crescimento e desenvolvimento econômico e social não precisamos reinventar a roda, basta nos ater à experiência da Holanda e adotar uma política que paute:


pela clareza, objetividade, simplicidade,flexibilidade, longo prazo e por marcos regulatórios que dêem segurança aos investidores;

pelo claro e seguro divisor de águas entre a atuação do governo e o da iniciativa privada, outorgando a esta toda a exploração comercial das hidrovias e dos portos, assegurando ao governo a formulação das políticas públicas e a fiscalização das atividades.


pelo respeito e conservação do meio ambiente mediante normas claras e que permitam aos agentes públicos adotarem decisões rápidas para que não emperrem ou afugentem os projetos e investidores, bem como pelo desenvolvimento das cidades portuárias.

No caso do Rio Grande do Sul, poderão ser adotadas, desde logo, as seguintes medidas para impulsionar a exploração plena dos nossos portos e hidrovias, por exemplo, entre outras:


1. No Porto de Rio Grande:
Adotar um novo modelo autônomo para o porto com administradores profissionais, vocacionados para atividades empresariais, avaliados e mantidos pelo mérito e que tenham continuidade para que possam planejar o desenvolvimento do porto e dos negócios portuários por longo prazo, independente da troca de presidente, de governador, de secretários de estado ou de mudanças políticas.

Adoção de práticas de boa governança corporativa com a participação da sociedade e transparência das contas, dos investimentos e dos problemas do porto e da gestão portuária.


2. Nas Hidrovias e Portos Interiores:

Separar a gestão das hidrovias da gestão do porto de Porto Alegre para possibilitar e incentivar uma política de exploração das hidrovias voltada para todos os nossos rios e não só para os canais que levam ao porto da Capital.

Desenvolver uma política industrial com os municípios banhados pelas hidrovias ou próximos a elas para atrair empreendimentos produtivos e de logística, ofertando assim alternativas na logística de transporte.


Obter delegação federal para que o Estado (e não mais Brasília) passe a autorizar e fiscalizar a instalação e ampliação dos terminais portuários, o que se tornará em importante ferramenta de desenvolvimento industrial.
Idem, idem para que a AGERGS passe a regular e fiscalizar os portos e terminais, evitando assim a superposição de órgãos, de burocracia e de custos.
Integrar o porto de Estrela e o sistema de eclusas à delegação estadual, os quais se encontram, atualmente, delegados à Cia. Docas de São Paulo, os ônus resultantes para o Estado dos custos de manutenção dessa infra-estrutura seriam compensados através da reestruturação e racionalização da atual Superintendência dos Portos e Hidrovias.

3. Na Dragagem nos Portos e nas Hidrovias:

À semelhança dos países desenvolvidos, os serviços de dragagem nos portos e nas hidrovias gaúchos devem ser permanentes. Esta prática, não apenas permite melhor conservação do meio ambiente, mas¸ também, oferece maior segurança à navegação e reduz os custos. Recentemente, o governo federal baixou a Medida Provisória n° 393, de 2007, instituindo novo programa de dragagem, passando a mesma a ser por resultados, com prazo de cinco anos, prorrogável por igual tempo, podendo ser contratadas empresas nacionais ou estrangeiras.


Nesse particular, cabe destacar a atuação do Secretário de Infra-Estrutura e Logística, Dr. Daniel Andrade, que convidou os dirigentes e técnicos da maior empresa de dragagem do mundo, a Royal Boskalis Westminster, que virão aqui, no início de dezembro próximo, para realizar estudos e proporem um planejamento de reestruturação das hidrovias e dos portos.

É mais do que oportuna essa importante decisão do Secretário que irá eliminar os gargalos existentes no setor e modernizar as práticas obsoletas que impedem o desenvolvimento das hidrovias e dos portos. Apenas para exemplificar o atraso em nosso Estado: há oito anos as autoridades locais não realizam uma dragagem séria nos, apenas, dois quilômetros do rio Gravataí, onde se localizam em torno de seis terminais, e que envolveria, no máximo, a remoção de 200.000 m³, e isto com recursos das próprias empresas titulares dos terminais.


Enquanto isso, no porto de Roterdã, para superar a limitação de espaço, os holandeses vão aterrar 20 quilômetros quadrados do mar do Norte, tendo sido, para isso, elaborado um programa para minimizar o impacto ambiental mediante a criação de uma reserva natural de marinha...


4. Conclusões:

Como ocorre na Holanda, a nossa sociedade civil precisa se mobilizar para o fortalecimento das instituições, para o estabelecimento de normas, padrões e regras como forma de impedir que tanto o atual governo como os futuros alterem, a seu exclusivo critério, a política de desenvolvimento do porto, a participação da sociedade na discussão dos seus assuntos estratégicos, as instituições estaduais e a forma do Estado se relacionar com o cidadão.

Para isso, não só nos portos, mas em quase todos os outros setores, torna-se indispensável que se adote como modelo institucional a governança corporativa, que se trata de um conjunto de princípios e práticas de gestão capaz de informar e demonstrar à sociedade o funcionamento, as decisões, a situação econômica, financeira e patrimonial das instituições geridas, bem como os problemas, os investimentos e o atendimento das finalidades do porto e/ou do órgão.


Especificamente em relação aos portos torna-se necessário o fortalecimento dos CAPs (Conselhos de Autoridade Portuária), nos quais os principais segmentos da sociedade portuária encontram-se representados, oe que estão a requerer o apoio, o comprometimento e participação de todos, notadamente das entidades empresariais e dos trabalhadores que deverão olhar e decidir sempre com foco no interesse público, no desenvolvimento de nosso Estado, o Rio Grande do Sul.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A HOLANDA QUE VI E AS SURPRESAS


Visitei a Holanda, durante seis dias, juntamente com o meu colega de trabalho Leandro Ramis. Fomos para a Holanda a convite do governo do país para conhecermos os sistemas de infra-estrutura e logística hidroportuária, que são modelos para o mundo, em eficiência modernidade, e descrevê-los para o Brasil, um mercado com imenso potencial a ser, ainda mais, explorado pelos empresários locais. E para os brasileiros conhecerem o que é a Holanda, principalmente os gaúchos. Logo percebi que nossa viagem seria cheia de surpresas.

A Holanda é o país das águas. Os holandeses construíram diques para controlar a água. Os velhos moinhos ainda existem e são preservados como monumentos do passado holandês. Aliás, o passado desse maravilhoso país, está exposto ao ar livre. História cultural sobre a água e na costa do lago Amstel. Em um país rodeado pela água, o comércio marítimo é muito forte. A água esculpiu a paisagem de Amsterdã, nossa base durante a visita. Ainda visitaríamos Roterdã, e Haia, sede do governo.

Os mercadores do século 17 já naquele tempo, desfrutavam da vida para os canais. Eles eram ricos e construíram suas casas na chamada idade do ouro, quando a Holanda era uma das nações líderes da navegação e Amsterdã, o seu centro de operações.

A costa da Holanda tem 530 quilômetros de extensão, banhada pelo mar do Norte, cujas correntes árticas fazem a temperatura da água nunca superar os 5º graus.
Os Países Baixos vêm ocupando, nos últimos anos, as primeiras posições no ranking de investidores externos no Brasil. Lideraram a lista em 2002, 2004 e no ano passado, segundo o Itamaraty.

Em 2007, empresas holandesas investiram US$ 8,1 bilhões no Brasil, o equivalente a 23,6% dos US$ 34,3 bilhões de investimentos externos diretos no país, de acordo com dados oficiais.
Igualmente importante, a corrente de comércio entre os dois países indica o quanto o Brasil está na mesa dos holandeses. No ano passado, o Brasil vendeu o equivalente a US$ 8,84 bilhões para os Países Baixos, grande parte em produtos agrícolas: soja, óleo de soja, carnes de boi e de frango, café, suco de laranja, uvas frescas.

Cabem sete Holandas dentro do Rio Grande do Sul. Espantoso. A extensão territorial equivale ao estado de Sergipe, que a coloca em 134º lugar em tamanho, dentre o total de 209 países. Tem 130 mil quilômetros de rodovias, que transportam cerca de 100 mil toneladas de cargas por ano. Pelos 3,5 mil km de ferrovias são escoadas 1 milhão de toneladas/ano. É um país surpreendente.
Percorrendo as auto estradas da Holanda, fico pensando como esse país, que foi destruído na segunda guerra, reconstruiu tudo a partir do pouco que sobrou e o fez de forma tão organizada e admirável.

A caminho do porto de Roterdã, descubro que para que o barulho dos carros não incomode, em alguns pontos da auto-estrada,há, junto aos guard rails, placas plásticas com cerca de cinco metros de altura, que formam uma espécie de muro. A redução do ruído chega a 80%, permitindo um sono tranqüilo até para quem mora próximo a uma rodovia. Fico imaginado essas placas em nossas rodovias, quanto tempo durariam.

Outra surpresa: no porto de Roterdã, o maior da Europa,visitamos o Ghost Terminal, ou Terminal Fantasma. Ele é assim chamado porque não há motoristas dirigindo caminhões nem operadores manobrando empilhadeiras, tudo é informatizado e controlado por uma torre.
O Brasil e em especial, o Rio Grande do Sul, tem muito que aprender com os holandeses. Nesta semana, desembarca no Brasil, uma missão do governo da Holanda com 60 empresários. Visitam inclusive o porto do Rio Grande.

O governo gaúcho inicia este ano projeto ambicioso para elevar a participação do modal hidroviário na movimentação de cargas para 15% até 2017. Hoje, ele não passa de 4% de um total de 90 milhões de toneladas anualmente. O Estado possui 750 quilômetros de vias navegáveis e deseja adequá-los nos moldes dos corredores existentes na Holanda, e para isso colocará em prática o acordo de cooperação técnica firmado o ano passado com autoridades holandesas, que administram o porto de Amsterdã. O objetivo é usar o modal para transporte de contêiner. Há um ditado corrente no país: com medidas e planejamento, se emprega mais tempo que com a execução. Quem sabe, não chegou a hora dos gaúchos colocarem isso em pratica? Oxalá, seja outra surpresa agradável.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Comitiva holandesa vem ao Estado do Rio Grande do Sul


Chega ao Estado no próximo dia 2 de março o ministro holandês de Transportes, Obras Públicas e Manejo da Água, Camil Eurlings (foto). Acompanhado por comitiva de 50 empresários interessados em realizar negócios nos setores de logística e transportes, Eurlings visitará o Porto de Rio Grande.


A programação está sendo acertada pela Agência Comercial Holandesa no Rio Grande do Sul e Santa Catarina e inclui uma rodada de negócios com empresários gaúchos na Fiergs e jantar com a governadora Yeda Crusius.O chefe da Agência, Philippe Schulman, comemora a negociação iniciada em novembro de 2007, quando uma missão gaúcha visitou a Holanda.


Em agosto de 2008, a governadora assinou carta de intenções. 'A vinda do ministro é retribuição a essa visita', diz Schulman. A missão é formada por representantes das áreas de infraestrutura, logística e transportes e construção naval. Estes últimos integram a Holland Marine Equipment, associação que fatura 3 bilhões de euros/ano.


terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Curioso


As portas das casas geralmente são pequenas, por isso todas elas têm um gancho instalado no topo, por onde são puxados os móveis nas mudanças. Uma imagem que desperta a atenção de quem visita a cidade pela primeira vez.

Arquitetura em Amsterdã


A área central de Amsterdã é formada por casas de alguns andares, muito estreitas, coloridas, contornando os canais. O colorido também está no comércio, com suas fachadas animadas e descontraídas.

Haia


Haia é a sede do governo, da residência oficial da rainha Beatrix. A decisão de não localizar o Poder Central na capital do país é política.
Tem o objetivo de equilibrar a importância das duas Holandas: a do norte, onde está Amsterdam, e a do Sul, onde está Haia.
É subdividida em 12 províncias administrativas que, juntas, formam os Países Baixos (The Netherlands), a denominação correta da região.


Descubra a Amsterdã de Rembrandt


Rembrandt viveu, de 1631 a 1669, em Amsterdã. Ele pintou ali, entre outros, sua obra primas mais famosa, como o Ronda Noturna. O sucesso artístico, no entanto, contrastou com dramas pessoais, como a morte de sua primeira esposa ainda jovem.


Petra Kana-Devilee, do Museu da Casa de Rembrandt, caminhou com a reportagem da Rádio Nederland, em busca dos passos do grande mestre, e nos deu informações importantes, que podem ser ouvidas, clicando nos locais indicados no mapa.




No Museu A Casa de Rembrandt, em Amsterdã, está disponível uma descrição da rota "nos passos de Rembrandt" Acompanhe acessando o link http://www.parceria.nl/especiais/060420_Rembrandt/rem060725_adamrrandt




segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Comércio bilateral

A corrente de comércio bilateral tem apresentado aumentos expressivos, segundo o ministério brasileiro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Passou de US$ 6,5 bilhões em 2006 para cerca de US$ 10 bilhões em 2007, com exportações brasileiras de US$ 8,8 bilhões e importações de US$ 1,1 bilhões. A pauta do comércio bilateral é variada.
Bens agrícolas, como soja e carne, são produtos de destaque das exportações brasileiras e representam 20% de todas as vendas do Brasil para a Holanda. Por outro lado, o petróleo refinado corresponde a cerca de 20% das importações brasileiras vindas dos Países Baixos.

Um comércio em expansão

Em 2007, a Holanda foi o primeiro investidor estrangeiro no Brasil, com um volume de US$ 8,1 bilhões, o equivalente a 23,6% do total de investimentos estrangeiros diretos, de US$ 34,3 bilhões.

Mas não é a primeira vez que o país aparece no topo da lista. Em 2002 e 2004, os Países Baixos também lideraram os investimentos externos no Brasil e nos últimos anos têm ocupado as primeiras posições no ranking. As informações são da Agency for International Business and Cooperation Ministry of Economic Affairs.

Uma obra de primeiro mundo

Conhecemos o Maeslant Kering, em Hook van Holland, pertinho de Roterdã. Um dique móvel que os holandeses consideram sua maior obra de engenharia contemporânea.
São duas estruturas imensas, de 350 metros de comprimento ao todo,nas margens do rio Reno.
A finalidade é criar uma barreira artificial para conter o avanço das águas do mar do Norte, caso subam a mais de três metros de sua normalidade.


Isto seria suficiente para inundar mais da metade do território do país, já que 33% estão a menos de um metro do nível do mar. Há regiões abaixo dele. Por isto, a segurança para os holandeses é prioridade número um.

Acompanhe no vídeo abaixo (em uma maquete), a simulação do funcionamento do dique em caso de um anúncio de inundação.



Uma obra de primeiro mundo II


Foram investidos 10 anos de pesquisas e projetos para a concepção do Maeslant Kering e outros seis anos para sua construção, num investimento de 505 milhões de euros. Desde sua conclusão, em 1996, nunca houve necessidade de usá-lo, embora simulações sejam feitas uma vez por ano Em 1953, uma grande inundaçao destruiu um terço do país.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

O carro elétrico já está nas ruas

A ECE-cars (Electric Cars Europe) funciona de maneira simples। Ela compra carros normais à gasolina e substitui todas as partes, inclusive caixa de câmbio, sistema de escape e tanque por uma transmissão elétrica. O carro elétrico é tão simples quanto parece - tem um motor, rodas e uma enorme bateria -, nada complicado.

Até agora os carros elétricos eram um pouco como os carrinhos de golfe, feios, lentos e as baterias não davam conta de rodar uma quadra। O Volkswagen Golf reconstruído pela ECE superou todos estes problemas। Depois de uma noite carregando na tomada, pode rodar até 200 quilômetros, sem maiores problemas de velocidade।
Ainda há mais uma diferença importante nos carros elétricos: eles são quatro vezes mais econômico। De toda a energia em um carro comum, apenas 20% chega às rodas, o restante se perde em atrito e calor। Da energia que é acumulada na bateria de um carro elétrico, 80% chega às rodas। Portanto, mesmo que a energia seja gerada de maneira poluente, ainda assim a emissão de CO2 é reduzida em quatro vezes com o carro elétrico.

फोंट: Thijs Westerbeek van Eerten






Moinhos da Holanda I

O primeiro desses moinhos foi construído em 1407, próximo à cidade de Alkmaar. E foram justamente esses moinhos dos pôlders, que foram surgindo em grandes números pelo interior do país, que compuseram a paisagem mais característica da Holanda, dando-lhe até o apelido de "o país dos moinhos de vento". Mas, com o surgimento no século XIX dois moinhos à vapor e maquinários próprios, a maior parte dos moinhos foi perdendo a sua função. Atualmente, existem ainda cerca de 1050 moinhos de ventos e 100 moinhos de água na Holanda. Dos primeiros, 400 são moinhos situados em pôlders, que, então foram usados para a sua drenagem. Os outros, são para moer grãos, serrar madeira e coisas do gênero.

Fonte: Philip Smet/ Rádio Nederland

Os moinhos da Holanda II

A Associação dos Moinhos Holandeses está preocupada com o péssimo estado de sua conservação e pede mais verbas para restaurá-los. Os moinhos de vento foram bastante importantes no desenvolvimento econômico da Holanda.

Em toda a Europa, os moinhos também eram usados para moer grãos e na produção industrial de óleo. Na Holanda foram desenvolvidos moinhos especiais para serrar madeira que era usada na indústria náutica.

Era o tempo das Companhias das Índias Ocidentais que, a partir da Holanda, se preparava para conquistar e explorar mais lugares do Oriente. Com os seus lucros, as Companhias das Índias Ocidentais investiram na drenagem das águas na Holanda, conquistando mais terras ao mar, para plantar. Isto foi um grande impulso para o país.

Fonte: Philip Smet /Rádio Nederland

O charme dos bondes


Os bondes funcionam, na prática, como metrôs de superfície. Há estações de parada anunciadas pelo condutor e bondes indo e vindo nos dois sentidos. Mapas com as linhas principais são facilmente encontrados em guias da cidade.

O charme dos bondes II


Os trens metropolitanos de Amsterdã são de cor laranja. Não são muito modernos, mas chegam rapidinho na Centraal Station.O principal meio de transporte público são os bondes elétricos, que parecem mini-metrôs. Eles funcionam até as 23 h45min.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Amiga de Anne Frank faz 100 anos


Miep Gies, que ajudou Anne Frank e sua família nos dois anos em que se esconderam dos nazistas em Amsterdã, durante a Segunda Guerra Mundial, e que guardou os famosos diários de Anne Frank depois que a família foi presa e deportada, completou 100 anos de idade no dia 15 de fevereiro."Acho que o fato de ter guardado os diários de Anne Frank teve um enorme significado na sua vida", disse Teresien Da Silva, do Museu Anne Frank, durante um evento em homenagem aos 100 anos de Miep Gies.


Nascida em Viena, na Áustria, com o nome de Hermine Santrouschitz, Miep foi trazida de Viena para Leiden, na Holanda, em dezembro de 1920, para escapar da falta de alimentos que assolava a Áustria após a Primeira Guerra Mundial. Em 1922, ela se mudou com sua família adotiva para Amsterdã. Em 1933, conheceu Otto Frank quando solicitou emprego como secretária em sua empresa de especiarias, Opekta.


Com seu marido, Jan Gies, Miep ajudou a esconder Edith e Otto Frank, suas duas filhas, Margot e Anne Frank, Hermann e Auguste van Pels, seu filho Peter, e Fritz Pfeffer nos quartos dos fundos do prédio da empresa de Otto Frank no Prinsengracht, em Amsterdã, de julho de 1942 a agosto de 1944. O local é hoje o Museu Anne Frank.Por dois anos, junto com outros ajudantes, ela se certificou de que as pessoas que estavam se escondendo tivessem comida e outros itens essenciais, colocando sua própria vida em risco.Em suas declarações, Miep diz: "Eu não sou uma heroína. Não foi uma coisa que planejei fazer, simplesmente fiz o que pude para ajudar."

Em teoria, Miep e os outros ajudantes poderiam ter sido executados se tivessem sido flagrados escondendo judeus. Na prática, os que eram pegos protegendo judeus eram condenados a seis meses de trabalhos forçados.

Depois que o grupo foi traído e preso em agosto de 1944, Miep Gies encontrou os diários de Anne Frank. Ela guardou os manuscritos em uma gaveta, esperando a volta de Anne. Quando a guerra terminou e foi confirmado que Anne havia morrido no campo de concentração de Bergen-Belsen, ela entregou os diários a seu pai, Otto Frank, o único membro da família que sobreviveu aos campos de concentração nazistas. Ele conseguiu a publicação dos diários em 1947.


Dpois que o livro foi publicado e amplamente traduzido, Miep e Jan Gies tornaram-se celebridades na Holanda e sua coragem foi reconhecida com diversas condecorações de países e organizações internacionais.
Aos 100 anos de idade, Miep está com um estado de saúde razoável e continua muito envolvida com a lembrança de Anne Frank, divulgando sempre a mensagem de sua história.
Teresien da Silva, do Museu Anne Frank, conta que Miep Gies ainda acompanha os jornais diariamente: "Ela se preocupa muito. Há muita guerra, muitos genocídios, discriminação, tratamento desigual. Todos estes acontecimentos que fazem lembrar a Segunda Guerra Mundial, que ela viveu tão de perto." Ouça a reportagem acessando o link http://download.omroep.nl/rnw/smac/cms/100_anos_miep_gies_20090218_44_1kHz.mp3


(Fontes: AFP, Wikipedia, Museu Anne Frank)

Conclusões do Centraal Planbureau

A economia holandesa encolhe este ano 3,5%

O desemprego chega este ano a 425 mil (5,5%)

No ano que vem, o desemprego chega a 675 mil (8,75%)

O orçamento do governo diminui 3%

No ano que vem, o orçamento diminui 5,5%

O poder de compra médio aumenta em 2,5%

Em 2010, o poder de compra permanece igual a 2009

Previsões sombrias para a economia da Holanda


As cifras são piores do que se previa. Há dois meses o CPB contava com um encolhimento da economia de 0,75%, mas a crise econômica e a recessão bateram mais forte do que se esperava. Para o próximo ano o CPB prevê um encolhimento de 0,15%, enquanto a previsão anterior era de crescimento da economia em 2010.

Os analistas ainda acreditam que o desemprego chegará este ano a 425 mil pessoas e no ano que vem a 675 mil - números bastante significativos num país que tem dezessete milhões de habitantes, dos quais cerca de oito milhões na ativa - respectivamente, 5,5% e 8,75% dos trabalhadores.

O primeiro ministro Jan Peter Balkenende, que estará em visita oficial ao Brasil no início de março, comentou que o desemprego é a previsão mais ‘dolorosa' no relatório do Centraal Planbureau. Ele disse que haverá o máximo possível de incentivos para ajudar na capacitação destes trabalhadores para recolocá-los no mercado de trabalho. "Todos têm que colaborar. Achar que o governo pode resolver sozinho o problema é uma ilusão", afirma o premier, que acredita que apenas medidas de curto prazo não serão suficientes e que a própria estrutura econômica tem que ser reforçada.

O Centraal Planbureau ainda previu um corte de 3% no orçamento este ano e de 5,5% em 2010. Já o poder de compra do holandês ainda se mantém, em média, bom. Ele deve aumentar este ano em 2,25% e permanecer o mesmo no ano que vem. Ouça a reportagem da rádio Nederland.
http://download.omroep.nl/rnw/smac/cms/recessao_holanda_20090219_44_1kHz.mp3

Um país em duas rodas


O transporte urbano em duas rodas criou uma magnífica infra-estrutura cicloviária no país, que se estende por quase 20 mil quilômetros. Cerca de 40% da população faz suas viagens diárias em cima de uma bicicleta.


Tem até carteira de ciclista para maiores de 12 anos de idade. Sim, também tem multa. Todo cidadão holandês já recebeu alguma multa de tráfego de bicicleta antes dos 25 anos de idade.

Casas na água


A cidade de Amsterdam é cercada por 160 canais cobertos por mais de 1.200 pontes.
Andando pelos canais você notará que existem vários barcos ancorados. Muitos deles, cerca de 3.000, são casas flutuantes.






Algumas são restaurantes e até hotéis.Apesar de parecer uma opção barata de moradia, a procura é maior do que a oferta e os aluguéis são bem altos!A foto é um exemplo de uma dessas casas ancoradas num bairro nobre de Amsterdam

As bicicletas de Amsterdã


Segundo o jornal THE UnDutchables são mais de 17 milhões de bicicletas na Holanda e mais de 750 mil só em Amsterdam. Trata-se do maior número de bicicletas por habitantes do mundo. Cerca de 91% das casas tem pelo menos uma bicicleta e há mais de 10 mil quilômetros de ciclovias.

Os holandeses a caminho do Brasil


Na coletiva para os jornalistas brasileiros, o ministro dos Transportes e das Águas da Holanda, Camiel Eurlings, confirmou para a primeira semana de março ao Brasil, inclusive em Porto Alegre e no porto do Rio Grande. Ele estará acompanhado de uma comitiva formada por cerca de 60 empresários. Na pauta principal o transporte de cargas pela hidrovia gaúcha e como o governo holadês pode contribuir em projetos e investimentos.

Cargas pelos rios da Holanda


A caminnho do porto de Roterdã é comum ver dezenas de barcaças carregadas com caminhões, e carga geral. Os rios da Hoalnda tem em média 2 metros, 2,5 metros de calado.Calado no Rio Grande do Sul não é problema, pois até o porto de Rio Grande temos 4 metros de profundidade.

Os operadores fluviais querem carga. E o governo gaúcho planeja montar pequenos e médios hub ports (portos concentradores) exatamente para suprir as carências.


A Águia de Haia


Rui Barbosa, ficou conhecido como a “Águia de Haia”. Ele passou a ser chamado dessa forma depois de sua marcante participação na segunda Conferência da Paz, ocorrida em Haia, em 1907, no Palácio de Binnenhof.


Ele havia sido nomeado delegado do Brasil para representar o país nessa conferência. Ele expôs suas idéias no evento de maneira tão brilhante que ganhou notoriedade internacional: "O Brasil chamava pouca atenção, pois dele se esperava uma postura de submissão às decisões da grande nação norte-americana. E sua presença passaria até mesmo despercebida não fossem as brilhantes intervenções de Rui Barbosa na maior assembléia diplomática internacional até então realizada"

Praia a zero grau


Na praia, em Haia, existe uma bela construção que adentra o mar como um pier, onde ficam lojas para turistas, um restaurante e um cassino. Uma praia holandesa, provavelmente a melhor que o país pode oferecer!

Visita a sede do Governo

Além de sede do Governo holandês, de base para as embaixadas e de casa para a rainha Beatriz, esta é também a "capital da justiça internacional". A terceira maior cidade da Holanda, localizada no Sul do país e virada para o mar, Haia acolhe as mais importantes instituições judiciárias do mundo. Na manhã de ontem chegamos em Haia para entrevistar o ministro dos transportes da Holanda Camiel Eurlings, que estará no Brasil no próximo mês.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Haia, sede do Governo


Nesta quarta-feira pela manhã, seguimos viagem para Haia, sede do governo da Holanda. Está marcada uma coletiva para os jornalistas brasileiros com o ministro dos Transportes da Holanda, Camiel Eurlings.
A Corte Internacional de Justiça, em Haia, na Holanda, responsável pela Justiça mundial e herdeira legítima do Tribunal de Haia, completa 63anos.


A maioria dos brasileiros já escutou falar, certamente, do apelido recebido por Rui Barbosa, a Águia de Haia, por sua atuação na cidade holandesa, defendendo a igualdade das nações.


Segundo informações da Embaixada do Brasil na Holanda, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) foi criada em substituição à Corte Permanente de Justiça Internacional da antiga Liga das Nações, a antecessora da Organização das Nações Unidas. Desde 1922, ambas as cortes funcionam no mesmo local, o Palácio da Paz em Haia( foto).

A missão dos jornalistas brasileiros na Holanda encerra na quinta-feira. Na sexta, retornamos ao Brasil com saída prevista para as 9 horas da manha, horário da Holanda, e chegada ao Brasil em Porto Alegre, 23h50min de sexta-feira.

Euromast

A cidade parece pouco com as outras tantas cidades européias. Pouquíssimos prédios antigos resistiram aos bombardeios dos alemães na Segunda Guerra Mundial. Com seus mais de 800 mil habitantes, é cheia de prédios modernos.

O mais alto prédio do país foi construído em Roterdã em 1960 e tem 185 metros de altura. O Euromast tem um elevador que permite ao visitante ter uma vista espetacular da cidade. Na foto, vista da cidade de Roterdã tirada do Euromast

Jantar no Euromast


Agora a noite, 19 horas em Roterdã, e 15 horas no Brasil, foi oferecido aos jornalistas brasileiros um jantar no Euromast, centro da cidade. O jantar foi oferecido pela Agency for International Business and Cooperation Ministry of Economic Affairs.

Porto de Roterdã: o maior da Europa

Jornalistas brasileiros visitaram na tarde de hoje, o que é considerado o melhor porto do mundo. Arrasado durante a Segunda Guerra, o porto de Roterdã renasceu das cinzas e virou um exemplo de modernidade e eficiência. O porto holandês é o terceiro mais movimentado do mundo, perdendo apenas para os de Cingapura e Xangai, na Ásia.

Uma das vantagens de Roterdã é a sua localização privilegiada, na "entrada" da Europa. Por ficar de frente para o mar, o acesso dos navios é facilitado. Além disso, não há restrições de calado, a profundidade de água necessária para uma embarcação flutuar.


Graças à posição geográfica estratégica, as cargas podem ser escoadas por diversos meios de transporte, como rodovias, hidrovias, ferrovias e dutos. Por todas essas facilidades, o porto holandês funciona como um grande centro de distribuição de produtos para toda a Europa.

Energia dos ventos em Roterdã, Holanda

Navegando na manhã deste terça-feira na lancha da Autoridade Portuária de Roterdã, notamos que os holandeses dão importância para energias alternativas. Onze dos dezenove moinhos de vento de Kinderdijk, conhecidos no mundo inteiro, serão restaurados neste ano. A Holanda se orgulha dessas construções da era pré-industrial, que ajudavam a manter suas terras secas. Ainda que haja a tradição do uso de energia eólica, o desenvolvimento das novas turbinas de vento tem sido lento na Holanda.

Conhecendo Roterdã


Roterdã tem quase oito séculos de existência. Destruído durante a Segunda Guerra, recuperou-se rapidamente e se tornou o mais movimentado do mundo -- posição que perdeu apenas em 2004, quando Cingapura assumiu a liderança na esteira do crescimento dos Tigres Asiá ticos.


Muito do sucesso de Roterdã se deve a seu modelo de gestão. Hoje pela manhã, jornalistas brasileiros realizaram um passeio a bordo de um navio da autoridade portuária. Na foto, porto de Roterdã coberto pelo forte nevoeiro.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Chuva e frio


Desde que chegamos em Amsterdã, no domingo, a temperatura gira em torno de 0 a 5 graus. Muito frio. Na semana passada, nevou durante cinco dias na cidade. A chuva não da trégua, o que aumenta a sensação térmica. Na foto, o centro de Amsterdã a noite.

Rumo a Roterdã: O porto da eficiência

Nesta terça-feira vamos visitar o porto de Roterdã. A Holanda pode servir de modelo para o Rio Grande do Sul, porque é um país sete vezes menor que o nosso estado,mas que tem uma boa logística de distribuição de cargas.

Pelos 130 mil km de rodovias, transporta 100 mil toneladas anualmente. Em 5 mil km de rios e canais, 400 milhões de toneladas/ano. E nos 3,5 mil km de ferrovias, 1 milhão de ton/ano.Tudo funciona graças à perfeita integração entre o Poder Público e a iniciativa privada. Aos governos, cabe dotar, manter e gerenciar a infra-estrutura dos portos. Às empresas, a operacionalização e o aparelhamento dos terminais.

Recepção aos jornalistas brasileiros

Hoje a noite em Amsterdã, o presidente da Amports, um complexo holandês formado pelos portos de Amsterdã, Zaanstad, Bevererwijk e Ijmuiden, recebeu os jornalistas em um restaurante da cidade. Wim Ruijgh é um dos maiores especialistas mundiais em parcerias público privadas, as chamadas PPPs.

Amsterdam Arena II


Alguns números do belíssimo estádio:



Amsterdam ArenA


Construção
1994

Inauguração
14 de Agosto de 1996

Proprietário
Vereniging Van Eigenaars Amsterdam Arena

Administrador
Vereniging Van Eigenaars Amsterdam Arena

Gramado
Natural (125m x 80m)

Custo de construção

96 milhões

Arquiteto
Rob SchuurmanSjoerd Soeters

Equipes mandantes
AFC Ajax

Capacidade
51 000

Primeira Partida
AFC Ajax 1 x 4 AC Milan